sábado, 5 de março de 2011

0 JORNADA ATACAMA - DIA 16

Dia 16 : 05.03.2011
Etapa III - Vicuña - CH a San Juan-AR
Distância Percorrida : Asfalto :372km Cascalho: 190km Total : 562km
Em nosso plano original hoje já deveriamos estar em San Juan, mas devido ao pneu furado da moto de Michael, ainda estavamos em Vicuña.
Mas logo as 7:30h  ja estavamos deixando Vicuna no taxi contratado. Michael acabou indo com minha moto e eu segui no taxi batendo papo com o motorista Carlos. 
Percorremos novamente os 100km de asfalto e 26km de cascalho e apos passar pela aduana chilela, e mais explicacoes e papelada chegamos onde a moto tinha pousado.
Tudo estava como haviamos deixado, com excecao que agora tinhamos a compania de uma cabra, que pelo jeito ja era frequentadora do local.

sexta-feira, 4 de março de 2011

3 JORNADA ATACAMA - DIA 15

Dia 15 : 04.03.2011
Etapa III - Vicuña-CH a Vicuña-CH
Distância Percorrida : Asfalto :200 km;  Cascalho: 52km;Total :252 km

Vocês podem estar achando que o título esta errado Vicuña a Vicuña, 252 km??, mas não esta não!!, vejam a seguir o porquê.
Mesmo depois de ter chegado de volta ao hotel quase as 2:00h da manhã do Observatório Mamalluca, ainda assim acordamos cedo tamanha nossa ansiedade. Mesmo com céu em perfeito azul tínhamos que verificar com os Carabineros se o Paso Águas Negras estava aberto ou não.
Antes mesmo de tomarmos café fomos para a 5a. Comisaria de Carabineros de Vicuña.
Amanhecendo em Vicuña
Quando chegamos ainda era bem cedo, cerca de 8:00h, crentes de que não teríamos nenhum problema, afinal o céu estava azul, azul.
Mas ai nos informaram que do lado chileno estava tudo liberado, mas do lado argentino ainda não se tinha informação, e como no dia anterior tinha chovido muito na Argentina, com possíveis desmoronamentos, nos pediram para voltar depois das 9:00h para saber se poderíamos seguir viagem ou não.
Voltamos ao hotel um pouco decepcionados, será que as chuvas “argentinas” iriam atrapalhar nossa aventura de hoje?, mas não podíamos fazer nada além de aguardar.
Bem voltamos à hosteria e tomamos nosso café de manhã e aproveitamos o tempo para tirar umas fotos dos jardins, que agora com o sol se mostravam ainda mais bonitos e bem cuidados.
Jardim Hosteria Vicuña - Llama


Hosteria Vicuña - Nossas Bikes com todo "conforto"

Hosteria Vicuña - Piscina e Cordilheira  combinação perfeita
Ainda faltava alguns minutos para as 9:00h e a recepcionista da hosteria vendo nossa ansiedade, ligou diretamente nos Carabineros e finalmente recebemos o muito desejado ok, estava tudo liberado, lado argentino e lado chileno.
Corremos para terminar o carregamento das motos, fizemos checkout e lá fomos nós com muito ânimo. Paso Águas Negras nos aguarde estamos chegando!!!
Saímos de Vicuña, que realmente vale a pena de conhecer, uma pequena joia, e fomos para rota do vale Elqui de novo. Pela mapa tinha mais uns 100 km de asfalto pela frente até a Alfândega chilena. A partir dai começaria cascalho (rípio). Legal !!! a aventura do dia só estava começando.
A partir da Vicuña o vale se estreita muito com o rio no meio e montanhas cada vez mais altas nos lados. A única atividade depois da Vicuña é plantação de uva em lugares mais esquisitos possíveis, nos sopés da montanhas sobre um terreno de cascalho, onde parecia impossível crescer qualquer coisa. Primeiramente não entendemos o que eram estes blocos beijes gigantes que sobem as montanhas, e que se via já de longe , tão grandes que eram.


Plantaçõs de uvas coberta com tela de nylon


Plantação de uvas no sopé das montanhas

Uvas protegidas contra vento e poeira
Depois, mais próximos, descobrimos que aquilo que pareciam grandes blocos beijes,eram na verdade plantações de uvas totalmente cobertas por telas finas de nylon para proteger as uvas contra os ventos fortes que descem todos os dias pelo vale e da poeira que as danificam. Mais tarde ouvimos ainda que estas uvas eram todas para exportação e para comer, nada de vinho ou Pisco (que o vale tem a fama de ter o melhor pisco de Chile).
Também vimos que ali se faz a uva passa, as uvas são colocadas sobre as telas de nylon no solo e ficam secando ao sol ao ar livre. Vocês devem estar se perguntando sobre moscas e insetos ?? nós pelo menos não vimos, a região era muito árida. Agora quando estivermos comendo uvas frescas e passas no Brasil vamos nos lembrar de onde vieram com certeza.
Finalmente depois uns 50 quilômetros a ultima plantação ficou atrás da gente e agora somente apareceram um ou outro oásis verde com alguns carvalhos, tão pouco entendemos porque tinha carvalhos nestes lugares tão remotos
Pequenos Oásis  







Nossa insignificância frente as montanhas

Era só alegria..
Continuamos seguindo o rio e muitas vezes tínhamos ilusão de ótica, a gente olhava para frente e tinha a impressão que estávamos descendo e que o rio está subindo na nossa direção. Isso aconteceu varias vezes e na verdade fomos subindo o tempo todo. Parecia coisa de louco mesmo !!
Esse pequeno rio "verde" que nos acompanhava pela estrada, nos fez parar muitas vezes para fotos e contemplação, era muito bonito.

 
 
 
























  
Posto de fronteira do Chile
















Chegamos no Posto de Fronteira do Chile, deixando para trás o Valle del rio Elqui, que vale a pena ser conhecido.!
 Passamos pelas formalidade bem devagar (o oficial que nos atendeu parecia ser estagiário) e enquanto estávamos aguardando chegou uma BMW GS 1200 com um casal. Estavam limpíssimos, e gente parecendo que não tinhamos tomado banho uns 2 semanas.



Eles ficaram um pouco afastados, mas acabou rolando um bate papo quando o motoqueiro começou a tirar fotos de nossas embarreadas KTMs, Wilson se aproximou e puxou conversa. Eram das proximidades de Buenos Aires e estavam dando uma “voltinha” de um fim de semana prolongada, segunda e terça-feira seria feriado na Argentina. (só então nos lembramos que no Brasil era pleno Carnaval.).

Enquanto nossa “papelada” não ficava pronta ficamos num papo muito agradável com Gustavo e Sol, o casal argentino que estava viajando na BMW. Até compartilhamos nosso chá de folhas de coca com eles, eles eram muitos legais mesmo.
Finalmente liberados pelos policiais chilenos, que nos avisou que não poderíamos dormir no caminho antes de passarmos pelo Posto de Fronteira da Argentina, que fechava as 18:00h. Bom não preciso dizer que em nosso plano nunca pensamos nisso.. Nos despedimos de Gustavo e Sol e saímos para enfrentar os 190 km de cascalho.
Não era um cascalho muito duro, mas eu peguei ritmo logo e fui acelerando em frente.
O cenário tinha mudado completamente, agora a subida já era mais íngreme e muito árida. Logicamente de vez em quando paradas para tirar fotos e fazer filmezinhos  documentando o trecho que levaria a gente até a altura de 4.780 metros na cordilheira tudo em pura estrada de rípio.

Começando a subeir a Cordilheira do Andes
  
Finalmente "rípio" até o horizonte

Sinais de vida ...casa de mineiros

Depois uns 26 km tinha uma “casinha “ meio estranha e parei para fotografar enquanto Wilson chegava. Filmei ele passando e quando comecei a acelerar de novo percebi que tinha algo estranho com a moto. Parei e vi que o pneu traseiro estava furado. Wilson tinha ido embora até alguns curvas mais para frente, e ai o comunicador não tinha mais alcance para que eu pudesse avisá - lo. Eu estava arrancando o prego, de uns 8 cm, que havia furado meu pneu quando Wilson chegou de volta. Ai ele me disse que estava parado aguardando para filmar minha passagem quando um carro avisou que eu tinha um pneu furado.

O "preguinho"

Quando Wilson chegou ainda achávamos tudo sob controle, enfim tínhamos nosso kit de reparo, sealing spray. Ai começou a desgraça. A coisa não funcionava nem a pau. Primeiramente o válvula da minha roda não tinha tampinha e era sujo de mais depois 2 semanas. Tentamos de tudo, mas a espuma não entrava na roda.
Enquanto “brigávamos” com o spray chegaram Gustavo e Sol com a BMW, prontamente pararam para ajudar. Falamos que não precisava enfim já éramos em dois, mas Gustavo quis ajudar em qualquer jeito, gente fina.
Logo estava com gente no chão e sujando todo, sua roupa não era mais limpíssima, hehe… começou a ficar igual a nossa. Agora em quatro, tentamos fazer de tudo para o spray funcionar e nada, parecia que a válvula estava travada impedindo o spray de inflar a pneu. Começamos pensar em plano B e fui até a casinha estranha, que estava a uns 300 metros, porque tinha visto um pick-up e um homem nela. Fui para lá para buscar um compressor, uma bomba manual, qualquer coisa que pudesse encher o pneu e quem sabe então o spray funcionaria. O senhor que estava na casa disse que não tinha bomba manual nem compressor,mas para minha surpresa tinha outra garrafinha de spray de reparo pneu e bem maior do que minha que não estava funcionando. O chileno me deu a garrafinha. Que alegria !! Festejamos minha volta !, não podíamos acreditar que naquele lugar ermo pudesse encontrar alguém com um kit para reparo de pneu.

Alegria...que durou pouco!!!

Mas a alegria infelizmente durou pouco tempo, a nova garrafinha tampouco funcionava. De novo fizemos de tudo, mas nada , o spray não passava pela válvula. Nisso chegou uma colega do mineiro da casa com outra caminhonete (eles tem mina de ouro e prata nestas montanhas) e ele tinha uma chave para tirar a válvula !! Agora vai !! Alegria de novo ! Mas de novo por pouco tempo.
Tiramos a válvula, e Wilson descarregou todo o spray no pneu, que nem se mexeu, parecia que a câmara de ar tinha rasgado e o spray não conseguia vedar.

Bom não restava outra coisa a fazer senão tirar a roda e voltar para Vicuña, para lá recuperar o pneu furado.

Por sorte os mineiros da casinha estavam voltando para Vicuña, como faziam toda Sexta Feira, e se dispuseram a levar um de nós e a roda.
Levei minha moto para trás da casa dos mineiros, tiramos a roda e as bagagens e colocamos na caminhonete. Wilson iria com eles e eu na moto dele. Só depois de tudo acertado com os mineiros é que Gustavo e Sol seguiram viagem, e ficamos de nos encontrar no dia seguinte em Pismanta se tudo fosse resolvido bem. Acabamos prejudicando todo o dia de viagem deles, mas a lição de solidariedade e amizade que eles nos deram, vamos levar para sempre conosco.
Chegamos de novo no Posto de Fronteira do Chile, vocês se lembram que o guarda disse que não poderíamos dormir no meio do caminho?…imaginem então a confusão que foi explicarmos que uma moto ia ficar “dormindo” no meio do caminho e a outra ia voltar para o Chile, etc. ..mas no final, tudo resolvido
No caminho o mineiro dono da caminhonete parou para resolver uns assuntos de trabalho e eu segui em frente. Cheguei em Vicuña e fui direto para a hosteria e acertei hospedagem para mim e Wilson por mais um dia.
Meia hora depois chegou o Wilson com a caminhonete, ele já havia deixado o pneu com El Mago, único cara que sabia mexer com este tipo de pneu neste vale e disse para voltar em meia hora que ia consertar sem problemas.
Com a ajuda de Carolina, recepcionista da hosteria, contratamos um taxi para levar a gente no dia seguinte até onde estava a moto (126 km) , aproveitamos fomos com ele na borracharia do Mago. O pneu era quase pronto, pudemos ver então que a câmara não tinha rasgado nem estava com furos grandes, na realidade somente um “furinho” feito pelo prego. Portanto aviso aos “navegantes”, esse tal de spray , na realidade, NÃO FUNCIONARAM em pneu com câmara com um único furinho.
Lição aprendida, na próxima levar câmara reserva, kit de ferramentas para desmontar pneu, e o compressor que já temos e ficou “guardado” em casa.
Bom dos males o menor, El Mago consertou o pneu, e ainda deu uma canja para a sessão de fotos que o momento pedia.


El Mago em ação

 














Ainda tinha sol quando voltamos à hosteria, a tempo de tomar umas cervejas junto a piscina antes do jantar, aliás estávamos mortos de fome, com tudo o que aconteceu não tínhamos comido nada até agora.
Encerramos o dia depois de jantarmos em um bom restaurante em frente a bonita praça de Vicuña, e mesmo sem termos cumprido com o planejado, o balanço do dia ainda era muito bom.
A disposição e ajuda que recebemos de todas as pessoas que acabaram se envolvendo conosco devido ao pneu furado foi espetacular , e não podemos deixar de destacar Gustavo e Sol, que ficaram com a gente até uma solução ser encontrada, mesmo atrasando em muito sua própria viagem, num lugar como esse.
Somos muito gratos a todos, quem sabe um dia nos encontramos de novo para recordar tudo isso com boas risadas, aliás Gustavo e Sol tentamos contato pelo telefone, mas não conseguimos, mandem notícias via comentários no blog.

Texto Michael

quinta-feira, 3 de março de 2011

1 JORNADA ATACAMA - DIA 14

Dia 14 : 03.03.2011
Etapa III - Copiapo-CH a Vicuña-CH
Distância Percorrida : Asfalto :405 km; Cascalho: 0km; Total : 405 km
Como diz meu o Michael o dia de hoje ia ser de "meia bunda", Só 400 km em puro asfalto, sendo que mais de 300km na excelente Ruta 5.
Mas ainda estavamos em estado de graça pelo dia anterior, assim mesmo as esperadas grandes retas em pleno deserto do Atacama não seriam muito aborrecidas.
Antes de colocarmos nossas bikes na estrada, voltamos na praça central de Copiapó para um reconhecimento. 
A praça era muito bonita e limpa, quando chegamos no dia anterior o sol já estava se pondo e não pudemos ver em detalhes um tipo de árvore dessa praça que nos chamou a atenção.Tinham o tronco todo irregular, todo deformado parecendo que estavam com alguma doença.
Soubemos que se chamavam Pimientos e que os troncos eram ocos e muitos eram casa de ratos, que viviam em seu interior.
Bom depois dessa perdemos todo o interesse nessas ávores grotescas.
Michael ainda aproveitou que em frente a praça tinha um escritório da secretaria de turismo e foi lá buscar informações sobre a região e algo que pudessemos ver no caminho para Vicuña.Acabou descobrindo que existia uma cidade abandonada a uns 50 km  ao sul de Copiapó. Decidimos dar uma passapa por ela, já que o trecho de hoje não tinhamos nenhum atrativo alem do próprio deserto do Atacama e acelerar nossas KTMs pela Ruta 5.
Como esperavamos a Ruta 5 não era de muita aventura, nessa região era pista simples, mas já se via obras ao longo de alguns trechos para duplicá-la. Acabamos perdendo algum tempo nesses trechos.
Seguimos atentos buscando a saida para a cidade abandonada, mas acabamos não encontrando. Possivelmente devido as obras  sinalização  foi encoberta.
Puro deserto por longas retas, que tinham a monotonia quebrada de vez em quando com movimento de caminhões  levantando poeira fora da estrada, num vai e vem frenético pelas estradas de terra proximas a Ruta 5, em direção às muitas minas existentes nesse trecho.


Assim fomos nos divertindo até chegarmos a Vallenar, uma pequena cidade mineira a uns 150 km de Copiapó, resolvemos almoçar por ali.
Vallenar era arrumadinha, e não foi difícil arrumar um restaurante para um almoço bem leve, pois com aquele calor e com as grandes retas da Ruta 5,  algo mais pesado com certeza ir dar muito sono.
Aproveitamos para abastecer nossas máquinas e voltamos para a Ruta 5 em baixo de um sol que não dava tregua, não tinha uma nuvem no céu para fazer uma sombra.
Na saída para Punta de Choros, paramos para uma agua e já sentiamos saudades daquele dia que passamos na casa de Dona Miriam.
Estavamos nos preparando para voltar a pista quando uma frota de caminhões carregando grandes equipamentos começaram a passar por nós, tomando praticamente as duas pistas.









 Seguimos pela Ruta 5 e de repente  aparece a nossa direita o mar, como era bom ver de novo aquele azul se misturando com o acizentado  do deserto.
Já estavamos proximos a La Serena novamente, já faziam 11 dias desde quando tinhamos passado por aqui. Um pequeno trecho em descida com algumas curvas, levou a Ruta 5 a seguir proximo a costa. A paisagem agora era aquela conhecida mistura de deserto com mar que predomina em toda a costa norte chilena a partir de La Serena, e onde de vez em quando aparecem aqueles vilarejos encravados entre a costa e o mar.




Chegamos no trevo de La Serena e ali tomamos a Ruta 41 no sentido leste em direção ao nosso destino, Vicuña.
Uns 10 quilometros depois de La Serena, a Ruta 41 seguia por um grande vale com um rio não muito grande, era o Valle del Elqui.
A região era bastante povoada com varias comunidades a longo da rodovia que era sinuosa com subidas e descidas.
Agora com curvas, acelerar nossas KTMs tinha ficado mais divertido.
Alguns quilometros a frente avistamos um grande lago de aguar muito verdes. Na realidade o lago era devido ao represamento do Rio Elqui, e chamava-se Embalse Puclaro e podiamos ver diversas pessoas praticando Kite e Wind Surf nele.  Pegamos uma saída a esquerda numa estrada que contornava todo o lago e fomos conferir.
A estradinha levava a um vilarejo chamado Gualiguaica, que servia de base para os praticantes do esporte no lago, tinha loja e escola com equipamentos para a pratica do Wind e Kite surfe.
Seguimos por um tricha ate as margens do lago, lá encontramos varios carros e barracas do pessoal que estava ali aproveitando o sol desta Quinta Feira voando com o vento sobre as ondas do lago Puclaro, ficamos com agua na boca.



Voltamos a Ruta 41 e meia hora depois já estavamos em Vicuña.
Cidade plana, aos pés da Cordilheira dos Andes, muito bonita e como em outras cidades chilenas limpa e arrumada.
Motos abastecidas novamente, saimos em busca de um bom Hotel, o ultimo não tinha sido dos melhores.
Na plaça central  um motorista de onibus de turismo nos indicou a Hosteria de Vicuña, proxima dali.
Não estavamos esperando por boa coisa, "hosteria"... mas quando chegamos, uau !! era com certeza o  melhor hotel que já estiveramos até agora.
Sede de uma antiga fazenda, tinha sido tranformado em um hotel dentro de uma grande área verde, com jardins  que se espalhavam em volta de toda a casa.
Logo na entrada duas enorme palmeiras davam o tom do ambiente. Nossas KTMs tambem tiveram hospedagem privilegiada, ficaram no jardim em frente a nossos quartos.
Foi saboreando algumas Kunstmann na ali de frente para nossas bikes que nos preparamos para o jantar e para o programa da noite, sim aqui teriamos um programa noturno, o Borges nos havia informado que existia aqui um observatório aberto a visitação de turistas, era o Observatorio Cerro Mamalluca.
Na praça, enquanto eu buscava informações sobre hotel, o Michael já tinha encontrado o escritorio do observatório e obtido horarios para a visitação. Começavam as 20:30h e iam até as 6:30h da manhã, mas dependia de não haver nuvens que impedissem a visualização do céu.
Após jantar no hotel, estavamos preparados para nosso passeio, mas veio a noticia que as 20:30h não haveria em função de nuvens. Ficamos na torcida para ver se no  próximo horário as condições mudavam. E a boa noticia chegou, haveria sessão as 22.30h.
Lá fomos nós, observar estrelas e planetas em um dos céus mais limpos do mundo, o céu do Chile.
A saida para a excursão era na praça central,  proximo ao nosso hotel. Chegando lá o movimento era intenso, turistas do mundo todo estavam ali, franceses, dinamarqueses, alemães.Tudo muito bem organizado, tomamos uma van que nos levou até o observatório a uns 5 km de Vicuña.
Astronomos eram nossos guias e instrutores, divididos em vários grupos recebemos informações sobre as constelações, estrelas e planetas, e mais pudemos ver de perto muitas estrela e até um planeta, Saturno, com os telescópios do observatório.
Foram duas horas de que passaram muito rápido. De volta ao nosso hotel foi fácil cair na cama e só acordar no dia seguinte.
 

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