quinta-feira, 3 de março de 2011

1 JORNADA ATACAMA - DIA 14

Dia 14 : 03.03.2011
Etapa III - Copiapo-CH a Vicuña-CH
Distância Percorrida : Asfalto :405 km; Cascalho: 0km; Total : 405 km
Como diz meu o Michael o dia de hoje ia ser de "meia bunda", Só 400 km em puro asfalto, sendo que mais de 300km na excelente Ruta 5.
Mas ainda estavamos em estado de graça pelo dia anterior, assim mesmo as esperadas grandes retas em pleno deserto do Atacama não seriam muito aborrecidas.
Antes de colocarmos nossas bikes na estrada, voltamos na praça central de Copiapó para um reconhecimento. 
A praça era muito bonita e limpa, quando chegamos no dia anterior o sol já estava se pondo e não pudemos ver em detalhes um tipo de árvore dessa praça que nos chamou a atenção.Tinham o tronco todo irregular, todo deformado parecendo que estavam com alguma doença.
Soubemos que se chamavam Pimientos e que os troncos eram ocos e muitos eram casa de ratos, que viviam em seu interior.
Bom depois dessa perdemos todo o interesse nessas ávores grotescas.
Michael ainda aproveitou que em frente a praça tinha um escritório da secretaria de turismo e foi lá buscar informações sobre a região e algo que pudessemos ver no caminho para Vicuña.Acabou descobrindo que existia uma cidade abandonada a uns 50 km  ao sul de Copiapó. Decidimos dar uma passapa por ela, já que o trecho de hoje não tinhamos nenhum atrativo alem do próprio deserto do Atacama e acelerar nossas KTMs pela Ruta 5.
Como esperavamos a Ruta 5 não era de muita aventura, nessa região era pista simples, mas já se via obras ao longo de alguns trechos para duplicá-la. Acabamos perdendo algum tempo nesses trechos.
Seguimos atentos buscando a saida para a cidade abandonada, mas acabamos não encontrando. Possivelmente devido as obras  sinalização  foi encoberta.
Puro deserto por longas retas, que tinham a monotonia quebrada de vez em quando com movimento de caminhões  levantando poeira fora da estrada, num vai e vem frenético pelas estradas de terra proximas a Ruta 5, em direção às muitas minas existentes nesse trecho.


Assim fomos nos divertindo até chegarmos a Vallenar, uma pequena cidade mineira a uns 150 km de Copiapó, resolvemos almoçar por ali.
Vallenar era arrumadinha, e não foi difícil arrumar um restaurante para um almoço bem leve, pois com aquele calor e com as grandes retas da Ruta 5,  algo mais pesado com certeza ir dar muito sono.
Aproveitamos para abastecer nossas máquinas e voltamos para a Ruta 5 em baixo de um sol que não dava tregua, não tinha uma nuvem no céu para fazer uma sombra.
Na saída para Punta de Choros, paramos para uma agua e já sentiamos saudades daquele dia que passamos na casa de Dona Miriam.
Estavamos nos preparando para voltar a pista quando uma frota de caminhões carregando grandes equipamentos começaram a passar por nós, tomando praticamente as duas pistas.









 Seguimos pela Ruta 5 e de repente  aparece a nossa direita o mar, como era bom ver de novo aquele azul se misturando com o acizentado  do deserto.
Já estavamos proximos a La Serena novamente, já faziam 11 dias desde quando tinhamos passado por aqui. Um pequeno trecho em descida com algumas curvas, levou a Ruta 5 a seguir proximo a costa. A paisagem agora era aquela conhecida mistura de deserto com mar que predomina em toda a costa norte chilena a partir de La Serena, e onde de vez em quando aparecem aqueles vilarejos encravados entre a costa e o mar.




Chegamos no trevo de La Serena e ali tomamos a Ruta 41 no sentido leste em direção ao nosso destino, Vicuña.
Uns 10 quilometros depois de La Serena, a Ruta 41 seguia por um grande vale com um rio não muito grande, era o Valle del Elqui.
A região era bastante povoada com varias comunidades a longo da rodovia que era sinuosa com subidas e descidas.
Agora com curvas, acelerar nossas KTMs tinha ficado mais divertido.
Alguns quilometros a frente avistamos um grande lago de aguar muito verdes. Na realidade o lago era devido ao represamento do Rio Elqui, e chamava-se Embalse Puclaro e podiamos ver diversas pessoas praticando Kite e Wind Surf nele.  Pegamos uma saída a esquerda numa estrada que contornava todo o lago e fomos conferir.
A estradinha levava a um vilarejo chamado Gualiguaica, que servia de base para os praticantes do esporte no lago, tinha loja e escola com equipamentos para a pratica do Wind e Kite surfe.
Seguimos por um tricha ate as margens do lago, lá encontramos varios carros e barracas do pessoal que estava ali aproveitando o sol desta Quinta Feira voando com o vento sobre as ondas do lago Puclaro, ficamos com agua na boca.



Voltamos a Ruta 41 e meia hora depois já estavamos em Vicuña.
Cidade plana, aos pés da Cordilheira dos Andes, muito bonita e como em outras cidades chilenas limpa e arrumada.
Motos abastecidas novamente, saimos em busca de um bom Hotel, o ultimo não tinha sido dos melhores.
Na plaça central  um motorista de onibus de turismo nos indicou a Hosteria de Vicuña, proxima dali.
Não estavamos esperando por boa coisa, "hosteria"... mas quando chegamos, uau !! era com certeza o  melhor hotel que já estiveramos até agora.
Sede de uma antiga fazenda, tinha sido tranformado em um hotel dentro de uma grande área verde, com jardins  que se espalhavam em volta de toda a casa.
Logo na entrada duas enorme palmeiras davam o tom do ambiente. Nossas KTMs tambem tiveram hospedagem privilegiada, ficaram no jardim em frente a nossos quartos.
Foi saboreando algumas Kunstmann na ali de frente para nossas bikes que nos preparamos para o jantar e para o programa da noite, sim aqui teriamos um programa noturno, o Borges nos havia informado que existia aqui um observatório aberto a visitação de turistas, era o Observatorio Cerro Mamalluca.
Na praça, enquanto eu buscava informações sobre hotel, o Michael já tinha encontrado o escritorio do observatório e obtido horarios para a visitação. Começavam as 20:30h e iam até as 6:30h da manhã, mas dependia de não haver nuvens que impedissem a visualização do céu.
Após jantar no hotel, estavamos preparados para nosso passeio, mas veio a noticia que as 20:30h não haveria em função de nuvens. Ficamos na torcida para ver se no  próximo horário as condições mudavam. E a boa noticia chegou, haveria sessão as 22.30h.
Lá fomos nós, observar estrelas e planetas em um dos céus mais limpos do mundo, o céu do Chile.
A saida para a excursão era na praça central,  proximo ao nosso hotel. Chegando lá o movimento era intenso, turistas do mundo todo estavam ali, franceses, dinamarqueses, alemães.Tudo muito bem organizado, tomamos uma van que nos levou até o observatório a uns 5 km de Vicuña.
Astronomos eram nossos guias e instrutores, divididos em vários grupos recebemos informações sobre as constelações, estrelas e planetas, e mais pudemos ver de perto muitas estrela e até um planeta, Saturno, com os telescópios do observatório.
Foram duas horas de que passaram muito rápido. De volta ao nosso hotel foi fácil cair na cama e só acordar no dia seguinte.

1 comentários:

  1. mto legal em wilson a sua jornada, queria eu faser uma dessa quando crescer!!!

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